terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cirandas

Nas tuas cirandas

perdi-me infância.

Perdi-me criança

em saias rodadas de sal.


Perdi-me tranças.


Nos laços de fitas

contei-me manhãs.

Soube-me breves

entardeceres.

Soube-me suspensa

nas contas dos vidros

banhadas de flores.

Suaves flores que não vi...


Flores que sempre bebi.

2 comentários:

Marcelo Novaes disse...
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BAR DO BARDO disse...

A imagem "em saias rodadas de sal" é intrigante... Volta ao passado e percepção do tempo que foge, aqui o toque romântico.