domingo, 28 de dezembro de 2008

Do Sonho I

Não. Não sonho com tintas úmidas.
Sonhos com Perséfones e Júlias.

Sonho crepúsculos nas dançarinas,
faço-me colheitas e gardênias esquecidas.

Escrevo-me adornos que não vivi,
arabescos e folhas que nunca esqueci.

Ao longe desenho verbo de lágrimas,
faço-me sorriso nas noturnas acácias.

Faço-me fêmea de papel. Sonho-me eras.


2 comentários:

Marcelo Novaes disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
BAR DO BARDO disse...

Alguns resquícios de lirismo da Ibéria e o mundo lusofônico. Gosto disso.