terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O beijo de quimera

Veja. As vigas de vinho 
não estão mais unidas.

Do teu beijo negado 
vejo o luto das folhas,

a ferida das uvas... 
orvalhos maculados.

Do teu beijo negado 
a marca na terra e noite

cravam auroras esvaídas. 
Erguem quimeras de leito,

secam o toque. A parreira. 
Nasce o semblante atordoado.   

Beba... não mais as vigas. 
Não mais os vinhos. Beba.



2 comentários:

Marcelo Novaes disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
BAR DO BARDO disse...

Você tem estilo pronto. E bom.