Quero tanto um verso antes
de partir a estranha geometria
nas cinzas benditas.
Âmbulas retas, incansáveis,
fugidias morrem ao norte,
nas noites dos dedos.
[Papéis lacerados não aliam o traço.
Fica o corte na madruga ocre
— risco e cor que não resgato]
O gole vermelho, a desatenção...
o desenho negro no regaço:
tintas segregadas de mim mesma.
[Uma caixa mergulhada
e na lápide curvas ébrias
à pergunta malfadada]
Maldito o sol que nunca ouvi.
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