A campa da tarde contou-me
a morte de dezembro.
E uma catedral barulhenta
tomou-me a tenda.
O terço vazio falou-me
lendas e ganchos aos pés.
A queda do vaso no verso
é um breve momento de oração,
um descanso em gesso
nesse corredor estreito.
Sou a ironia dos pêssegos de janeiro
num altar que desconheço.
E um céu macerado que não entendo
escorreu-me pela boca.
Mais uma vez minha lamparina ardeu.
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