quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Momentum

 

Deitarei em ti mantos de sonhos

nos cobres entardeceres

madrugadas voláteis.

Deitarei em ti águas de brisas frias,

agradáveis à lua e a sombra

inviolável do lago.

 

Ah! doce silêncio de nossos lábios

pousados num único vaso.

 

Tão ébria a saudade das copas e às árvores,

das palavras nos fiares e o traço no betume.

A curva deixada no branco confessa

o sedente vôo no sol não ceifado;

momentosgozo e a tessitura

de uma semente...

 

Deitarei em ti o minuto de uma janela.

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