I
Não vejo naufrágios
apenas o cais de teus choros
à distância constante das docas
e minha nau neste labirinto de portos.
II
Ah! Instante sal de minhas falas!
Lamento o vôo, meu albatroz de vidro;
perco-me marés neste horizonte de nadas.
Singrar o ar... lanço a rede à pérola fugaz.
Colho o momento da chuva pincelada.
III
Resgatar
brancos navios
pássaros banidos
transparentes velas
perenes mastros
a busca ágata na areia.
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