quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Desalinhadas Águas

I

Não vejo naufrágios

apenas o cais de teus choros

à distância constante das docas

minha nau neste labirinto de portos.

 

II

Ah! Instante sal de minhas falas!

Lamento o vôomeu albatroz de vidro;

perco-me marés neste horizonte de nadas.

Singrar o ar... lanço a rede à pérola fugaz.

Colho o momento da chuva pincelada.

 

III

Resgatar

 

brancos navios

pássaros banidos

transparentes velas

perenes mastros

 

busca ágata na areia.

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