Poesias
Por que etérea traço-te pássaro
nas falas entre as ameias?
Por que do vôo na cantiga das
pedras e nos três ângulos unidos?
Nas sombras dos mosaicos
pairo asas errantes
e o afago inalcançado.
Mantenho-te pássaro
nesta aliança de telas;
aneladas nuvens deste
azul que não pertenço.
Não me sei mais pássaro
no descanso da terra.
Não me sei mais canto
nessa elegia de serras.
Ilustração: Teu Nome I, Ana Magalhães
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