quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Menino de Flores

Colho gardênias em teu silêncio

meu ventre aproxima-me raízes.

 

Nessas flores de teu sorriso

descanso incensos das noites

 

teu aroma em meus olhos

acalanta o mergulho e o cálice.

 

Uma biografia de águas

desenha seu sono de pétalas

 

e nessa vigília em teu perfil

bebo o sabor etéreo das peças;

 

canto do Menino de flores

a saber-me polens e caules,

 

gardênia de silêncios

a bailar-me lenços e frêmitos.

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